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Mostrando postagens de maio, 2018

O direito de ser pobre

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Esse ano faz três anos que moramos fora. E hoje, meditando sobre a super valorização do dinheiro, cheguei à conclusão que o que faz a gente gostar tanto de morar aqui é que o país nos dá o direito de sermos pobres. Não, você não leu errado, é isso mesmo. Como o país nos oferece uma boa segurança pública, eu não preciso ser rica pra morar em um condomínio fechado e ter um carro blindado. Como tenho saúde pública de qualidade, não preciso pagar plano de saúde. Tenho educação boa gratuita para meu filho e não vou precisar ser rica para pagar bons colégios particulares. Com um salário mínimo posso viver sem passar necessidade. Ou seja, temos a oportunidade de não precisar sermos tão ambiciosos e viver com mais simplicidade.  Ao mesmo tempo, acredito que, mesmo morando no Brasil, as pessoas deveriam tentar se adequar o máximo possível, para não serem escravas do dinheiro. A prosperidade só é boa até o ponto de não ferir sua vida pessoal, não atrapalhar seus relacionamentos e não macular su

Só temos o hoje

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Você já parou pra pensar o porquê de as crianças lutarem contra o sono? Além de terem muita energia para gastar, não haveria um outro motivo maior para que nunca queriam se entregar? Para a criança só existe o hoje. O hoje pra brincar, pra correr, pra cantar, pra dançar, pra birrar e chorar. O que é o amanhã? Essa palavra é subjetiva demais para a compreensão de uma criança pequena. E, sabe de uma coisa, ela tem razão. O que é o amanhã senão um projeto que está em nossa mente? Não podemos tocá-lo, mudá-lo e muito menos vivê-lo. Mas mesmo assim, vivemos para adiar nossos sonhos, nossas mudanças. Que amanhã mais falso é esse que construímos como um castelo de areia, que ao vir o mar da realidade o destrói em um instante? Deveríamos nos envergonhar e olhar as crianças. Pois aí perceberíamos o quanto estamos distantes da nossa mais genuína missão nessa terra: a de sermos melhores a cada dia. 

Mais uma lição do neném

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O bebê nunca está satisfeito com o que já aprendeu, ele está sempre querendo fazer novas coisas, colocando um esforço sobre-humano pra isso. Meu filho começou a virar a cabecinha de um lado para o outro com 15 dias. Com um mês ele já entendia a hora de trocar a fralda, tomar banho e mamar, sem chorar rios como era no começo e diferenciava já o dia da noite. Com dois meses ele já não queria mais ser segurado na posição deitada mas só em pé! E começou a conversar, mas a conversar muito! Com três meses ele já queria se sentar mesmo sem ter força ainda. E aprendeu também a dar gritinhos! Com quatro meses ele já sentava com pouco apoio e no dia em que completou cinco meses, sentou sem apoio nenhum. Agora está aprendendo a comer frutinhas e a beber água. E está ávido para aprender a engatinhar! Passar horas por dia tentando! Diga se isso não é um tapa na cara do nosso comodismo? Se tivéssemos um terço da força de vontade de um bebê, já falaríamos sete línguas, saberíamos fazer pelo menos trê

Meu bebê me salvou

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Meu bebê me salvou do meu egoísmo. Da minha preguiça, do meu comodismo. Meu bebê me salvou da mesmice, da indiferença, da frieza, da falta de amor. Ele me salvou da falta de fé, da tibieza, dos olhos fechados para o outro. Se eu fosse enumerar de tudo o que meu filho me salvou, iriam faltar palavras no dicionário, com certeza. A maternidade nos faz novas criaturas, nos renova, nos redime. A cada segundo, um novo sacrifício. A cada sacrifício, um novo sim. Um sim à vida, mas ao verdadeiro sentido dela e não ao falso sentido que meu egocentrismo me guiava. Eu achava que valorizava as coisas mais simples até olhar para ele e vê-lo feliz por ter conseguido sentar pela primeira vez. A cada dia uma nova conquista, pra ele e pra mim. Enquanto ele desenvolve seu corpinho tão pequeno, eu desenvolvo minha alma. Meu bebê me salvou, me salvou de mim mesma.

Por que não doar sangue?

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Esses dias meu esposo se cadastrou para doar sangue aqui em Belfast e me fez lembrar que no meu pós-parto eu precisei de transfusão (explico no vídeo sobre meu parto no YouTube  https://youtu.be/Rndi3an_iEg ). Doar sangue pra ele não é só um ato de caridade mas também um ato de gratidão. Sendo algo que não nos custa nada, assim como a doação de medula óssea, doar sangue deveria fazer parte da nossa vida assim como comer ou tomar banho. Não deveria nem ser necessário ter campanhas para isso. O maior problema hoje é o egoísmo do ser humano: se não se ganha nada com isso, por quê fazer? Uma pena. Mal sabem que há maior alegria em dar do que receber!

Frustração x Expectativa: Como equilibrar?

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Muito se fala em diminuir as expectativas para evitar as frustrações. Será mesmo que esse é o caminho? Até que ponto a expectativa pode ser considerada alta ou baixa demais? Quando esperamos que algo aconteça temos que analisar dois pontos básicos: trabalho e possibilidades. Medir o quanto de trabalho eu estou colocando em realizar meu objetivo e analisar as possibilidades REAIS daquilo dar certo. Se o trabalho é pouco e as possibilidades são pequenas, provavelmente você irá se frustrar. Se o trabalho é muito e as possibilidades ainda pequenas, as chances são de 50%. Medindo assim não fica tão difícil prever se algo vai dar certo ou errado, não? Isso se aplica tanto a negócios como a relacionamentos. Apesar da vida não ser uma ciência exata, a matemática trabalha em cima de probabilidades. E se podemos utilizá-la ao nosso favor,  por que não, não é mesmo?

Como conseguir um emprego?

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Em tempos de crise, os desempregados precisam se reinventar. Nessa saga de conseguir um emprego razoável, a única palavra de ordem é INSISTÊNCIA. Isso mesmo, quanto mais portas você bater, maior a chance de uma se abrir pra você. Pessoas extremamente inspiradoras têm passado pela minha vida ao longo dos anos e as mais bem sucedidas são aquelas que, depois de muitos NÃOs, não perderam a esperança e a confiança em suas capacidades. E aquelas que se encontram frustradas são as que esperam que seus talentos serão descobertos mais cedo ou mais tarde e fazem apenas um pouco de esforço para crescerem na vida.  Quem não é visto, não é lembrado. Não é passando 80% do seu tempo procrastinando na internet que o dono da Google ou do Facebook irá milagrosamente te mandar um inbox para te contratar para uma vaga milionária. Mas, contactar as pessoas certas, enviar currículos para vagas que te motivam, pedir conselhos para quem já chegou lá, isso sim pode te trazer o emprego dos sonhos. Afinal, para

Viver com pouco

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Quando nos falta coisas corriqueiras é que nos damos conta de que somos mais apegados do que imaginamos, ou não.  Quando nos falta luz elétrica ou água encanada, ou óleo de cozinha ou detergente, percebemos que essas pequenas coisas tornam nossa vida muito mais fácil. Será que conseguimos viver sem elas?  Há algum tempo tenho tentado assumir uma vida mais minimalista e viver com o básico. Isso tem sido bom para minha alma e para meu bolso. Assim, quando algo me falta, não sofro tanto e me adapto com facilidade. Penso como era mais difícil a vida antigamente e que, mesmo assim, as pessoas se adaptavam e eram felizes. Viviam com menos, e eram mais leves. Acredito que devemos sempre fazer o exercício do desprendimento: quanto menos peso carregarmos durante essa vida, mais alto nossa alma voará ao fim dela.

Pessoas mais velhas usam internet?

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Acompanho, por indicação do meu esposo, o canal da Leda Nagle no YouTube. Para quem não sabe, ela é uma lenda do jornalismo que manteve por muitos anos um programa na TV Cultura chamado Sem Censura, que eu via quando era criança. Demitida, viu-se na necessidade de se reinventar para continuar trabalhando, mas seu canal caminha em passos lentos. Por que será? A geração da Leda não consome tanta internet quanto a geração nascida depois dos anos 2000. A geração da Leda gosta de mandar “bom dia” pelo WhatsApp que apelidaram carinhosamente de “zap” e compartilhar vídeos fofos no facebook. O engajamento no canal dela é baixo porque grande parte dos seus entrevistados são grandes artistas que tiveram seu auge há 20 ou 30 anos atrás. Seu conteúdo é mais do que adulto, é sênior. Não que isso seja ruim, eu bem que queria que os jovens vissem suas entrevistas riquíssimas em conteúdo e qualidade. Profissional imparcial como ela está em falta hoje em dia. Mas infelizmente, a dinâmica mais lenta e

Sedentarismo

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Como hoje já é bem divulgado os benefícios do exercício físico pra saúde e eu não sou nenhuma profissional do ramo, acho que posso divagar um pouco sobre o assunto sem compromisso. Acredito que antigamente além de não se cultuar o corpo perfeito como hoje, as pessoas se exercitavam com atividades mais úteis como o trabalho em casa e no campo. Não era o gastar energia apenas pela vaidade e vida longa mas para coisas realmente essenciais pra vida. Gente preguiçosa com certeza sempre existiu, mas gente sedentária é uma novidade para a humanidade. Até porque, sem as facilidades que temos hoje, ser sedentário há umas décadas atrás era sinônimo de passar fome e sede. Ainda há muito trabalho a se fazer no planeta, e provavelmente haveria formas mais altruístas de se exercitar do que gastar horas numa academia. Mas a humanidade caminha em direção ao caos da inversão de valores. É muito gastar uma hora lavando louça como voluntário em um orfanato mas é pouco gastar uma hora correndo numa estei

A vantagem de ter criança e cachorro

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Hoje fui me dar conta de como sou privilegiada por passar a maior parte de meu dia com um bebê e um cachorro. Existe algum lugar nessa terra onde eu poderia encontrar olhares mais puros que esses?  Muitas vezes pego os dois me olhando fixamente: o bebê esperando eu fazer alguma palhaçada pra ele rir e o cachorrinho me esperando pra brincar também. Me sinto mergulhada em um mar de pureza, do qual não sou digna. É muito amor, muita candura, muita simplicidade.  Vejo nessas duas criaturinhas o que Deus sonhou para o mundo, um mundo sem maldade, sem guerra, sem disputa, sem orgulho, sem ódio. Deveríamos viver em paz e alegria como o Pedrinho e o Cisco, mas vivemos em um mar de tribulações invertendo o valor de tudo e de todos em nome do nosso egoísmo. Minha família acha que eu cuido deles, mas como se enganam! Meu esposo, meu bebê e meu cachorrinho que cuidam de mim, me tornando mais humana e mais próxima da vida divina a cada dia.

A rua inclinada

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Hoje fui buscar meu celular no conserto. Estava chovendo e, apesar disso, cheguei lá em uns 15min. Na volta, percebi que a rua que me levava ao meu destino era inclinada e não estava fácil subí-la empurrando o carrinho de bebê. O mais interessante disso é que na ida eu não percebi que eu estava descendo! Esse incidente tão corriqueiro me fez meditar. A vida oferece dificuldades como a chuva no dia de hoje mas, quando estamos com Deus, Ele opera em nós como a gravidade na descida de uma ligeira ladeira. A gente nem percebe, mas a mão de Deus está lá, facilitando nossa caminhada.  Já a vida sem Deus, essa é como subir uma ladeira num dia chuvoso. Se contamos apenas com o nosso próprio esforço, podemos terminar o percurso mas com muito mais dificuldade. A rua e a distância eram as mesmas, mas ter a gravidade a seu favor é uma vantagem impagável.

Teoria do Pão com Manteiga

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Há uma teoria de que o pão com manteiga só cai com o lado da manteiga pra baixo. Apesar de bem pessimista, tantas vezes essa teoria se aplica na nossa vida, não? Ontem, depois de mais de um ano, postei um novo vídeo no meu canal no youtube: https://www.youtube.com/channel/UCnDvwW4Y65oPo8pICZzXQHw Aí como não tenho câmera, gravei e postei pelo celular mesmo. Meu propósito era postar todos os dias. Sabe o que aconteceu? Meu celular caiu na água. Eu tenho duas opções: deixar que isso me desanime e jogar tudo pro alto OU recomeçar mais uma vez depois que consertar o celular, caso tenha conserto. Prefiro a possibilidade de pegar esse meu pão com manteiga virado pra baixo e amarrar nas costas de um gato que só cai virado pra cima. Jogo os dois para o alto e faço o gato flutuar no ar! Não quero desistir dessa vez e espero com ansiedade a hora de passar pela janela que Deus está para abrir a qualquer momento.

Gatos parecem humanos

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Vou discorrer de um assunto que tenho pouco conhecimento mas como gosto de opinar sobre tudo, vou expôr minha conclusão mesmo assim. Tive pouca convivência com gatos, não tanto quanto eu gostaria, e tenho um cachorro. Observando seus respectivos comportamentos, cheguei à seguinte conclusão: os gatos são mais parecidos com os humanos que os cachorros. O cão, mesmo adulto, é uma eterna criança. Sério, ele não amadurece. Ele é carente, dependente, grude. Se assemelha muito a um bebê de uns dois anos.  Já o gato... Ah o gato, tão injustiçado. Ele cresce. Um gato filhote é totalmente diferente de um gato adulto. Até as brincadeiras de um gato adulto tem razão de ser, tem uma seriedade naquilo. Há no seu olhar uma certa solenidade, como se fosse um homem feito. Os seus gestos são acertivos, sua forma de gostar também. Ele gosta como nós adultos e mantém aquele relacionamento com serenidade. Enquanto escrevo, meu cachorrinho está aqui no meu pé esperando ansiosamente que eu jogue a bolinha p

Como perseverar?

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Tenho aprendido a crochetar. Também comprei uma máquina de costura. Estou tentando começar um negócio próprio pra poder me dedicar ao meu filho e não voltar a trabalhar fora. Tenho tido gosto pelo crochê, mas tem um fantasma que me assombra: a desistência. É impressionante a minha capacidade de gerar ideias, iniciar e não perseverar em nada. Mas acho que muita gente passa por isso. Se não for uma necessidade extrema, a maioria não consegue insistir em nenhum projeto. Acho que seja porque é difícil trabalhar sem ver frutos imediatos, sem garantia de sucesso e, na maioria das vezes, sem apoio da maioria. Nessa minha empreitada de crochê mesmo, ninguém nem leva a sério, só meu esposo que é um sonhador como eu. “Como que você não vai voltar a trabalhar?” - as pessoas dizem. Na verdade, ainda não decidi o que fazer, só sei que nunca trabalhei tanto na vida agora que teoricamente não trabalho. E uma coisa é certa, preciso encontrar na minha família a força pra perseverar e insistir em ganha

Viajei no espaço-tempo e voltei

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Queria fazer uma reflexão aqui e espero que meus amigos de infância não se sintam ofendidos. Não é nada pessoal nem indireta pra ninguém. Feita essa ressalva, vamos lá. Eu acho bem esquisito que eu tenha entrado para o convento aos 18 anos, saído aos 26, casado e tido filho enquanto a maioria das pessoas que dividi a minha infância estão morando com os pais exatamente no mesmo lugar. Lógico que houveram muitas e consideráveis mudanças mas, pra mim, é como ver a Turma da Mônica Jovem com as mesmas característica ainda morando no Bairro do Limoeiro. A Mônica colocou aparelho nos dentes mas ainda veste vermelho, o Cascão agora toma banho mas só de vez em quando, o Cebolinha ainda tem cinco fios e a Magali continua bem comilona. É essa visão que tenho da maioria dos meus amigos antigos, eles estão QUASE do mesmo jeito e morando no mesmo lugar.  Não sei bem o que acontece mas me parece que cada vez mais estamos adiando a vida adulta. Não sei se é a situação do país ou a criação que recebemo

O preço de morar fora

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Estamos começando a criar raízes do exterior e acabamos de ter nosso primeiro filho. Até que ponto vale a pena criá-lo longe da família em busca de qualidade de vida? Na verdade, no nosso caso, teria sido impossível já termos estabilidade e conseguirmos casar se morássemos ainda no Brasil. Ainda estaríamos fazendo nossas respectivas faculdades e tentando um emprego melhor. Mas e agora que conseguimos tudo isso? Não temos como viver bem no Brasil e não temos como viajar todo ano. Quando se tem criança no meio, isso pesa muito mais. A solução seria ganhar mais dinheiro para podermos ir com mais frequência, mas aí já dependemos de circunstâncias exteriores.  Ainda não chegamos à conclusão de qual é a solução ou situação ideal. Quando chegarmos, volto aqui.

Expanda sua mente

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Aprender inglês se tornou pré-requisito hoje para uma grande parte das ofertas de trabalho e, competitivo como o mundo está, virou o maior pesadelo de quem ainda não aprendeu. Na verdade eu, que hoje posso dizer que falo inglês, percebo o mercado de trabalho vai sempre te exigir mais. Já perdi, por exemplo, muitas oportunidades boas por não falar espanhol fluente! Mas, para além do mundo corporativo, aprender uma nova língua te insere em um outro universo, uma realidade paralela que você nunca teria acesso se não tivesse esse conhecimento. Expande-se a mente de tal forma que é como se nascêssemos de novo. Explico melhor. Como temos que aprender não só a nos comunicar, mas a entendermos bem o outro, sua expressões linguísticas, sua cultura, seu modo de pensar, suas peculiaridades, abre-se uma realidade completamente nova diante de nossos olhos e temos que reaprender coisas que assimilamos quando crianças na nossa terra mãe. Isso não é extraordinário? Até nosso tom de voz muda, nosso mo

Fala o que quer...

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É impressionante a capacidade das pessoas desfazerem amizades de anos por causa de tretas na internet. Antes das redes sociais, existiam discordâncias e discussões mas, como era cara a cara, as palavras eram medidas e não havia Google para dar respostas intelectuais imediatas. Sendo assim, as amizades só se desfaziam se algo realmente SÉRIO acontecesse. Agora não. Primeiro que de um lado e de outro há xingamentos sem medidas. Segundo porque ninguém está aberto a ouvir (ler, no caso) o que o outro tem a dizer. E terceiro, todo mundo quer sair vitorioso perante o grande público, que é aquele pessoal que posta o meme do Michael Jackson comendo pipoca nos comentários. É muita vaidade, você não acha?  Como não vejo muita solução pra isso, o que aconselho a meia dúzia de pessoas que lerem esse post é: passe menos tempo na internet e interaja com as pessoas reais. Assim, você pode construir não 5.000 amizades de porcelana numa Rede Social, mas 5 amigos de ferro que não vão te dar as costas s

Criança também é gente

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Tratar a criança como gostaríamos de ser tratados, com respeito e atenção, é o mínimo que devemos fazer como pais. As crianças pequenas não conseguem se expressar e dizer o que está incomodando ou aborrecendo, então exercer a empatia e se colocar no lugar delas nos ajuda a ter um pouco mais de tranquilidade para acalmá-las. Por mais que achemos que nossos boletos a pagar e comida na mesa sejam assuntos realmente importantes e que a criança não tem nada a se chatear, já que não tem preocupações sérias, para ela, para o mundo dela, tudo é muito sério. A incapacidade de se movimentar como gostaria, a necessidade de fazer silêncio ou dormir quando não se tem vontade, a frustração de querer algo que não é possível, isso tudo são verdadeiros problemas para a criança. Então, ao invés de acharmos que tudo é uma grande besteira, que tal se começarmos a levar a sério essas coisas e ensiná-la a superar os desafios que sua vidinha já oferece? Parece complicado, mas basta sairmos um pouco de nós m

Tolerância

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Tá aí uma palavra da moda! Hoje se fala muito em tolerar opiniões diferentes, mas se fala pouco em perdão. Tolerar a pessoa que erra é o primeiro passo para uma convivência sadia. Não se pode esperar perfeição de ninguém, então, o que temos que analisar é até que ponto sou capaz de tolerar os defeitos e erros constantes daquela pessoa. Caso isso esteja acima de minhas capacidades, com tranquilidade devo me afastar. Mas nunca fazer com que a pessoa se sinta inferior ou pior por não conseguir vencer determinada fraqueza.  Existem temperamentos incompatíveis, é verdade. Mas não existe pessoa que não precise viver com o coração livre sem o peso da falta do perdão do outro nas costas. Ao meu ver, essa é a tolerância que falta nos nossos dias. A tolerância vinda do perdão e da capacidade de suportar o outro, que é tão cheio de defeitos quanto você.

Quando ninguém acredita em você

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Esses dias vi o trailler do filme Small Foot (Pé Pequeno, em tradução livre), um desenho que conta a história de um Pé Grande que um dia viu um ser humano, que ele chama de Pé Pequeno, e quando contou a seus amigos Pés Grandes, eles não acreditaram nele. O filme é a saga do protagonista em provar que o Pé Pequeno existe! Não é fácil lidar com as frustrações da vida, porque são muitas e diárias. Mas não podemos deixar que o resultado delas seja o desânimo diante dos nossos sonhos e muito menos diante dos sonhos dos outros. Quando começamos qualquer empreitada, há sempre mil pra dizer que não vai dar certo e talvez um ou dois dizendo que vai. A maioria te olha de cima a baixo e pensa: você não te enxerga não? Não enxerga que você é incapaz, burro, inexperiente, feio, sem talento? Que sua melhor chance é continuar nessa sua mediocridade e ir pulando as ondas de fracasso que a vida te envia? Gente, não! Não podemos mais aceitar isso! Há uma grande diferença em ser realista e ser

Dona de Casa

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Estou começando a me dar conta da necessidade de organização e planejamento na rotina de dona de casa. A gente tende a pensar que, por podermos fazer as coisas no nosso tempo, vai tudo dar certo e ainda vamos ter algum tempo livre no fim. Mero engano. Quando se tem um bebê pequeno, ele acaba ditando quando você vai estar disponível ou não. Além disso, se não colocarmos horário e metas diárias para nós mesmas, o dia simplesmente não rende. E quando, além de tudo isso, você ainda está em busca de um trabalho em casa, aí é que tudo fica mais difícil.  Preciso de tempo pra cuidar da criança, da casa, do marido, de MIM MESMA e ainda uma brecha pra ganhar uma graninha extra! Ter foco, ser persistente, não desanimar. Se um dia se perde, no outro se ganha. E, no meio de fraldas, e-mails e panelas, encontrar a Deus. Mas isso é tema de um outro post.

Os Asiáticos, sempre nos ensinando

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Hoje é dia do trabalho e vendo o feed do LinkedIn vejo o quanto o trabalho perdeu um pouco do sentido para as pessoas. Na verdade, hoje o trabalho se tornou uma escada para status e dinheiro, mas não deveria ser assim. O labor trás ao homem dignidade, sentimento de dever cumprido, faz com que ele dê sua contribuição para a sociedade. Li uma matéria de uma milionária chinesa de mais de cinquenta anos que trabalha de gari seis dias por semana para dar exemplo aos filhos. E faz com que seus filhos trabalhem em ofícios de baixa remuneração também, mesmo sem precisarem. Ela entendeu o sentido do trabalho na sua profundidade. Lógico que precisamos do emprego para viver, ninguém vive de pensamentos bonitos. Mas olhar a vida por outra ótica, buscando virtude, trás uma nova motivação para o acordar cedo. É um serviço prestado, é o suor que vai te fazer digno de comer seu pão de cada dia. É o que faz a roda da vida na terra girar.  Feliz dia do trabalho. Feliz não porque é feriado, ma

Sem Arrependimentos

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Tenho observado o quanto tanta gente se orgulha de falar que não tem arrependimentos na vida. “Faria tudo de novo”, é o que dizem. Será mesmo? Tudo é tudo. Será que não tirariam nem uma palavra sequer mal colocada, ou nem mudariam talvez um pensamento que seja ou mesmo um sim ou um não mal dito? Não acredito. Quem é esse ser vivente, impassível de erro, que dentre as inúmeras escolhas que faz durante anos e anos de vida não se arrepende de absolutamente nada? Não é vergonha nenhuma se arrepender, isso não significa que você vai ser uma pessoa cheia de remorso. Muito pelo contrário. Reconhecer o erro é uma atitude admirável e digna de um ser humano em construção. O desejo de ser melhor a cada instante deve nos alimentar de tal forma que, ao invés do arrependimento nos prender no passado, nos lança para um futuro de escolhas mais acertadas. Vamos assumir que somos falhos, na esperança de que temos o hoje para acertar. Independente de assumirmos ou não, nosso passado nã

Clichês de Mãe

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Sabe aquelas coisas que a gente escuta das mães e pensa: “que frase mais clichê!”, pois é, quando a gente vira mãe o cuspe cai bem no meio da nossa testa!  A gente pensa que sabe o que é amor até ter um filho e ver que não há outra definição melhor de amar do que se entregar em sacrifício sem medida. Desde a dor imensa do parto até uma coceirinha que você não pode dar porque está amamentando, passando pela dor nas costas e noites sem dormir, o sacrifício permeia toda a vida de uma mãe que seja minimamente dedicada. Eu, apesar de ver o amor imenso da minha mãe por mim, não tinha ideia de que fosse capaz de amar tanto. Não sabia que meu coração era capaz de se expandir dessa maneira. É um total esquecimento de si ao ponto de descuidarmos de necessidades básicas como comer e descansar. E tudo isso com uma boa vontade de dar inveja em qualquer pessoa por mais focada que seja em seus objetivos.  “Ser mãe é padecer no paraíso” “Meu filho é meu coração que bate fora do peito”

O Marketing dos Bebês

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Desde que entrei nesse mundo da maternidade percebo o quanto tem gente ganhando dinheiro com isso. Seja  a venda de produtos, seja ensinando sobre bebês. O que é justo, lógico, o mercado existe, é grande e até eu mesma me interessei por tentar ganhar alguma grana extra com produtos para bebê. Mas esse ainda não é meu ponto. O que tem me incomodado um pouco nesse mundo virtual é o excesso de exposição das crianças. Lógico que cada mãe sabe de  seu modo de criar os filhos e onde o calo aperta. E nós, no nosso dia a dia com essas fofuras, muitas vezes queremos mesmo mostrar pro mundo o quanto somos felizes com nossos filhotes. Mas daí a fazer da imagem dos bebês uma fonte de renda ou de promoção pessoal, isso não me parece saudável. As crianças são pessoas, pessoas dependentes e frágeis, mas pessoas. Elas ainda não são capazes de expressar com clareza suas vontades e opiniões, por isso me parece bem razoável que suas individualidades sejam respeitadas.  Não tenho a intenção de

Começando um blog

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Sempre ouvi dizer que temos que ter algo a falar pra criar um blog e não criar um blog pra ter algo a falar. Hoje, com tantas pessoas ganhando dinheiro com a internet, é comum a criação de um blog nessa intenção, procurando nichos de agrado do público para ser um chamariz de acessos. Resolvi, então, nadar na direção contrária e escrever por prazer mesmo, no intuito de eternizar pensamentos e quem sabe, oferecer algo de útil pra duas ou três pessoas que gastarem tempo lendo aqui. Já iniciei um canal no YouTube, mas depois de dois vídeos e mais de um ano sem postar nada por não ter tempo de editar, resolvi me expressar em textos mesmo. Vamos ver no que dá!