Marta e Maria



Precisei de muitos anos, divididos entre recém-conversão, vida religiosa, vida leiga e matrimonial, pra entender toda a profundidade de que ser Marta ou Maria independe da realidade exterior. 
Há almas dispersas no Carmelo de clausura e almas completamente contemplativas na vida leiga. Hoje vejo que no meio de muitas tarefas e pessoas, é possível “escolher a melhor parte”, estar constantemente aos pés de Jesus a ouví-Lo com atenção. Porque o seu coração está onde está o seu tesouro e quem encontra o tesouro escondido no campo, vende tudo o que tem pra comprar aquele campo. 
Isso não quer dizer que as tarefas não mereçam toda nossa atenção e zelo, principalmente quando estamos lidando com as pessoas que amamos. Mas que, quando temos em Jesus nosso coração, todas as outras coisas ordenam-se a Ele, como os planetas giram em torno do Sol e são por ele iluminados.
O erro de Marta não foi estar cozinhando e servindo, mas ter colocado ali a sua paixão. Mas assim como ela aprendeu e tornou-se uma Santa, todos nós, religiosos ou leigos, casados ou celibatários, com filhos ou sem filhos, podemos ordenar todos os nossos desejos e afetos a quem é devido: Nosso Senhor Jesus Cristo.

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