Feminismo: Igualdade em quê?




Sempre quando o assunto é feminismo eu tento exercer a empatia. Entendo que por muitos e muitos anos, as mulheres viveram dependentes dos homens, o que as impedia de fazer escolhas, caso se sentissem infelizes. Porém, ouvindo muitas idosas e tomando por base suas próprias histórias, chego à conclusão que o problema não estava na dependência em si, mas em terem sido dependentes de maridos ruins. Até porque, quando existe parceria, a dependência é mútua, não importa a função que cada uma exerce na família. Aquelas pouquíssimas que tiveram bons maridos dizem que abririam mão de tudo mil vezes novamente, se preciso fosse, para se dedicarem a sua família. Vamos ser sinceros? Tanto homens como mulheres, por mais que a profissão e os direitos civis dêem algum prazer, o que pode deixar um ser humano mais feliz do que estar cercado de pessoas que o amam? Qual dinheiro ou atividade pode preencher mais a alma do que um olhar de puro amor?
A luta deveria ter sido moral. Contra o adultério, a insensibilidade, a falta de parceria e companheirismo dos homens do século passado. Assim como na Bíblia diz que os “homens devem amar suas esposas como Cristo amou a Igreja e se entregou por Ela” além de “mulheres, sejam submissas a seus maridos”, assim também a mudança deveria ter acontecido do lado de lá. Não somos nós mulheres que devemos descer até eles, não deveríamos ter lutado por liberdade sexual ou pelo direito de trabalhar 50 horas por semana e terceirizar a criação dos nossos filhos. Não deveríamos ter lutado pelo direito de abortar nos igualando ou nos tornando até piores do que os homens que há tantos anos abandonam seus filhos com as mães. São eles que deveriam mudar, nossa luta deveria ter sido para que enxergassem a lama em que estiveram mergulhados. 
Vivemos outros tempos, e a igualdade que deveríamos lutar é a igualdade de honestidade, fidelidade, amor e dedicação. Porque de ambição e imoralidade o mundo já não precisa mais, obrigada.

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